Quando uma pessoa é confrontada com o diagnóstico de uma doença crónica, sente-se normalmente perdido, inseguro e cheio de medos, como se deambulasse devagar e irregularmente sobre um trilho, que não conhece.

A sua realidade modifica-se e este tem que forçosa e rapidamente se adaptar a um quadro de referências, com novas prioridades e novas obrigações.

Trata-se igualmente de um momento de crise vital significativo para as famílias, e por isso muito intenso, em que estas são postas à prova (Rolland 1994). Conforme a evolução e prognóstico da doença têm que se reajustar a uma nova realidade, muito exigente, que inevitavelmente irá abalar a sua estrutura e atribuir a esta novos significados e representações. É esta a realidade onde investimos diariamente, onde nos envolvemos e nos deixamos envolver com as pessoas que fazem tratamento e suas famílias.

Conscientes deste desafio, a equipa de Serviço Social intervém com cada paciente e suas famílias, em articulação estreita com a equipa interdisciplinar e em articulação direta com a comunidade.

Na nossa pratica corrente, realizamos acompanhamento psicossocial à pessoa doente e à sua família,  co-construindo com esta e com a família um projeto de vida reajustado à sua nova condição de vida.

A satisfação das necessidades implica um trabalho concertado, que assenta sobretudo na capacitação de quem faz tratamento e da família, para as suas competências e acionamento dos recursos externos necessários para a autonomização do individuo, face à doença, ao tratamento e consequente reinserção social.

Em cada clinica terá uma assistente social que o apoiará em todas as fases e sobretudo o ajudará a enfrentar juntamente com a sua família esta nova condição de vida incentivando-o sempre a viver a vida de uma forma plena e mais completa possível. Pode estar certo que realizaremos este percurso consigo.

Investigação

Alguns dos nossos artigos mais relevantes já publicados:

Olim, M. F.; Guadalupe, S.; Mota, F.; Fragoso, P.; Ribeiro, S. Sociographic profile of hemodialysis patients in Portugal. Journal of Nephrology Social Work. v. 42, n. 1, p. 9-20, 2018.
Disponível em: https://www.kidney.org/sites/default/files/v42a_a1.pdf


Olim, M. F.; Carrasco, L.; Pimenta, J.; Silva, F.; Torres, S.; Dantas, J. Treino e reforço de competências em doentes renais crónicos em hemodiálise –O Programa “Acredita+ e Segue”: Resultados preliminares; Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social 2017 Vol. 3 (2): 21-31
Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6126340


Olim, M. F., Guadalupe, S., Zeferino, S., Marques, M., Neves, P., & Conceição, J. (2018). Necessidades e recursos sociais em doentes renais crônicos hemodialisados. Serviço Social E Saúde, 17(1), 31-64.
Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8655202/19330


Olim, M.; Guadalupe, S.; Daniel. F.; Pimenta, J.; Carrasco, L.; Silva A. - The Matrix of Complexity Associated With the Process of Social Intervention -“Emerging Trends and Innovations in Privacy and Health Information Management”; IGI GLOBAL; pg 85-114

 

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